Nossa Proposta
O que nós propomos nesse site e o que nos diferencia dos demais centros de ensino, escolas e demais sites dedicados a explicar a palavra de Deus, é tratar a Bíblia como perfeita revelação de Deus sem divisão, como uma mensagem única primeiramente direcionada aos judeus, e posteriormente aos gentios que foram enxertados (nas palavras do Apóstolo Paulo) na aliança feita com Abraão, fornecendo a estes o mesmo status dos judeus.
Imediatamente após o primeiro pecado, veio também a primeira profecia messiânica (Gen 3:15). Desde então, o relacionamento do homem com Deus se baseia na constante luta contra o pecado e reaproximação de Deus, que ocorrerá plenamente com o retorno do Messias. Muita coisa aconteceu até que Deus escolheu Abraão em consequência de sua fé e obediência para ser o pai das nações, não somente dos judeus. Quatrocentos anos depois o povo escolhido deixou o Egito após crer que o sangue de um cordeiro pudesse salvar a vida de cada primogênito. O povo judeu saiu do Egito pela fé, antes de receber a Torah (que em hebraico significa instrução). Claramente a redenção do Egito deu-se pela fé. Após ser redimido do Egito e ter demonstrado fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o povo estava preparado para receber a Torah.
Quarenta anos se passaram para que aquele povo estivesse preparado para tomar posse e cuidar daquela Terra que havia sido prometida aos patriarcas. Enfim formou-se o que Deus havia planejado: o povo, a Terra e a Torah, três partes que jamais poderiam ter-se separado. Tão logo o povo tomou posse e venceu os pagãos que lá habitavam, começou o caminho de abandono de tudo o que lhes havia sido ensinado pelo Profeta Moisés. Durante a época dos juízes e dos reis Deus levantou profetas com a árdua tarefa de trazer de volta o povo para a Lei de Moisés, declarando com toda a clareza o que aconteceria se continuasse em desobediência. O castigo final veio com a destruição do Templo em 586 B.C.E. e com o exílio para a Babilônia. Após o fim do cativeiro e o retorno de apenas parte do povo para Israel, os profetas continuam em seu papel de trazer novamente o povo para a Torah, sendo o último deles Malaquias, cerca de 400 B.C.E. Nesse período entre o último profeta e o nascimento de Yeshua, apesar de não termos textos canônicos, muitos outros textos foram escritos e nos informam sobre o contexto histórico da época. São eles os pseudográficos e apócrifas. Após o nascimento do Messias, um novo profeta emerge, porém com a mesma mensagem e na mesma localização geográfica do antigo profeta Elias. Sua mensagem: arrependam-se porque o Reino de Deus está chegando. João Batista era um sacerdote que pregava (com o os Essenos também faziam) a imersão em águas como sinal simbólico de arrependimento e purificação. Assim como Elias virá pessoalmente antes da vinda do Messias no final dos tempos (Mal 4:5), João Batista na mesma missão de Elias veio para abrir caminho para o Messias, mostrando o caminho para os judeus voltarem para a Torah e poderem receber os ensinamentos do Messias.
Nesse ponto começa uma fase de muita discussão. Aqui pretendemos demonstrar biblicamente que a mensagem de Yeshua é uma continuação e não uma ruptura de tudo o que os profetas ensinaram no passado. Todas as Suas parábolas e profecias só podem ser compreendidas dentro do contexto judaico do primeiro século, o qual é diferente da época do Rei Davi e também é diferente do judaísmo atual. Infelizmente os ensinamentos de Yeshua e do Apóstolo Paulo foram associados a uma nova teologia e uma nova realidade totalmente alheias à realidade em que viviam. O livro de Atos também é muito rico em demonstrar como os primeiros discípulos viviam, como se relacionavam com a Torah e o templo, e principalmente, como entenderam a vinda dos gentios para o Reino de Deus, para fazerem parte da Aliança de Deus com Abraão. Aqui nós vamos voltar no tempo e no espaço em cada parábola, cada diálogo, cada profecia e fornecer um entendimento judaico que esperamos possa mudar e aprofundar seu relacionamento com Deus. Vamos entender as palavras de Yeshua e permitir que o Espirito Santo as escreva em nossos corações, assim como na promessa da Nova Aliança dada ao Profeta Jeremias (Jer 31:31-34).